Nos últimos anos, a cidade de Querência, no Mato Grosso, tem sido palco de uma série de disputas judiciais envolvendo o cantor sertanejo Leonardo e a empresa AGX Smart Life. Os problemas começaram quando centenas de pessoas compraram lotes em empreendimentos imobiliários associados ao cantor, mas encontraram dificuldades devido à paralisação das obras e irregularidades nos projetos.
Leonardo, conhecido por sua carreira musical, esteve presente na cidade para promover os empreendimentos ao lado do empresário Aguinaldo José Anacleto, dono da AGX. A presença do cantor, que atuou como garoto-propaganda, foi um fator decisivo para muitos compradores, que acreditaram na credibilidade dos projetos devido à sua associação com o artista.
Quais são as Alegações dos Compradores?
De acordo com a colunista Fábia Oliveira, os compradores dos lotes nos residenciais Munique I, II e III alegam que os empreendimentos estão parados e enfrentam problemas legais. Eles afirmam que os loteamentos não estão devidamente registrados e carecem de aprovação da prefeitura para a venda de imóveis. Além disso, há um processo de reintegração de posse movido pelos antigos proprietários do terreno, que alegam não ter recebido o pagamento completo pela venda da área.
Os compradores, organizados na Associação Residenciais Munique, buscam a rescisão dos contratos, a devolução do dinheiro pago e indenizações por danos morais. A ação judicial movida pelo grupo tem um valor estimado em R$ 2,8 milhões e envolve não apenas Leonardo e a AGX, mas também corretores, imobiliárias e a prefeitura de Querência.
Como Leonardo e a AGX Respondem às Acusações?
Leonardo, por meio de sua assessoria, afirma que sua participação no projeto foi limitada à atuação como garoto-propaganda e que ele não é sócio dos empreendimentos. O cantor diz que seus advogados estão tomando as providências necessárias para lidar com o caso.
Por outro lado, a AGX alega que o projeto Munique Smart Life não envolve a venda de lotes, mas sim a captação de investidores por meio de cotas em uma Sociedade em Conta de Participação (SCP). A empresa defende que as ações judiciais movidas contra ela são infundadas e que o empreendimento está em conformidade com a legislação vigente.
Qual é o Impacto para a Comunidade de Querência?
A situação tem gerado um impacto significativo na comunidade de Querência, uma cidade com menos de 27 mil habitantes. A presença de Leonardo e a promessa de desenvolvimento imobiliário criaram expectativas entre os moradores, que agora enfrentam incertezas quanto ao futuro dos empreendimentos.
Além das questões legais, a paralisação das obras e a falta de respostas claras por parte dos responsáveis têm gerado frustração e desconfiança entre os compradores. A situação continua a se desenrolar nos tribunais, enquanto os envolvidos buscam uma solução para o impasse.
O Futuro dos Empreendimentos em Querência
O futuro dos empreendimentos em Querência permanece incerto. Enquanto as disputas judiciais continuam, os compradores aguardam uma resolução que possa garantir seus direitos e investimentos. A cidade, por sua vez, espera que a situação seja resolvida de forma a minimizar os impactos negativos para a comunidade local.
Este caso destaca a importância de uma diligência adequada e de uma comunicação clara entre desenvolvedores, investidores e compradores em projetos imobiliários. À medida que o processo avança, as partes envolvidas buscam esclarecer as responsabilidades e encontrar um caminho para a conclusão dos empreendimentos.
Fonte: portal uai